quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

o Resultado do trabalho

Olá Blogueros


O TCC foi um sucesso todos ficamos muitos felizes com o resultado final do trabalho realizado.

Nós responsáveis pelo Blog Beatriz Abarca e Katia Ferrari entramos de ferias a partir de amanhã, voltaremos a escrever após as festas do fim de ano.

Agradecemos a todos pela atenção e pelo interesse sobre este assunto tão apaixonante que é o cinema e ainda mais brasileiro.


Parabéns a todos os formando de RTV da Unisa de 2009


Desejamos boas festas a todos e um ótimo 2010

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Apresentação do TCC

Chegou o dia, e quase a hora. Hoje é a apresentação do TCC.

Power point pronto, assunto estudado...

Agora é esperar para ver o que acontece.

O blog continuará no ar, mesmo após a apresentação. O interesse pelo assunto hoje já é assumido, embora dificultoso.

Convidamos a todos para assistir a apresentação hoje 01/12 as 20hs no mini auditório da
Universidade de Santo Amaro - campus II

Sejam Bem Vindos e um bom espetáculo!!!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Dinheiro da época (RÉIS)

O local escolhido pelos portugueses para a instalação da primeira Casa da Moeda em 1694. Essas moedas eram cunhadas em ouro e prata, sendo que as de ouro tinham o valor de 1, 2, e 4 mil réis.
Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro rompe definitivamente os laços de união política com Portugal e no dia 1º de dezembro do mesmo ano tornou-se o primeiro imperador do Brasil. Os cofres estavam vazios e a dívida pública era grande. No inicio da independência do Brasil não havia quase fundos. Embora a situação econômica brasileira tenha melhorado sob o comando de D. Pedro II, com o aumento da produção industrial, café e com a construção de estradas e ferrovias que facilitavam o escoamento das riquezas, mesmo assim a desvalorização da moeda persistia, já tinha se tornado um mal crônico no Brasil com suas crises econômicas e financeiras se sucedendo.
Somente no Brasil Republica em 1911 é que o dinheiro brasileiro obteve a sua primeira alta no mercado internacional. A partir daí até os dias de hoje, a economia e a moeda brasileira vem sofrendo mudanças, onde a moeda trocou varias vezes de nome. Em 1942 o "cruzeiro" substitui o "réis". Em 1967 com a desvalorização do cruzeiro, foi criado o "cruzeiro novo" com uma valorização de 1.000%, três anos depois em 1970 com a inflação descontrolada voltou se ao nome "cruzeiro". No ano de 1986 com a desvalorização do cruzeiro, cria-se o cruzado com 1.000% de valorização, três anos mais tarde, 1989 com a inflação em alta cria-se o "cruzado-novo", novamente com 1.000% de valorização. Este nome durou um ano, o qual em 1990 retorna ao nome "cruzeiro", mas não parou, em 1993 com a desvalorização do cruzeiro foi criado o "cruzeiro real" com 1.000% de valorização, em 1994 cria-se o "real" com 2750% de valorização e em 1998 vem a segunda família de moedas do "real".
1901 - Passaram a circular as moedas de níquel, de 400 réis.
1911 - O real brasileiro registrou sua primeira alta no mercado internacional.
1922 - Fizeram-se às últimas moedas de ouro, de 20.000 e 10.000 réis. Continuava circular as de pratas, de 4.000, 2.000, 1.000 e 500 réis. No mesmo ano surgiram moedas de bronze e alumínio, valendo 1.000 e 500 réis.
1936 - Apareceram moedas de níquel no valor de 300 réis.
1942 - O "cruzeiro" tornou-se a nova moeda nacional.

Fundada em 8 de março de 1694, a Casa da Moeda (hoje Casa da Moeda do Brasil – CMB) fabricava moedas com o ouro proveniente das minerações e era subordinada à Casa da Moeda da coroa portuguesa.

Na época, a extração de ouro era cada vez mais expressiva e, com o crescimento do comércio, era necessário um suprimento maior de moedas. Com sede em Salvador, na Bahia, a Casa da Moeda iniciou a cunhagem das primeiras moedas brasileiras em 1695. Depois de algumas idas e vindas, a Casa da Moeda foi em definitivo para o Rio de Janeiro em 1702.

Algumas denominações dessas moedas coloniais entraram para o vocabulário do brasileiro. O vintém era moeda de cobre de 20 réis, batida inicialmente na cidade do Porto, em Portugal, para circular em Angola, mas que acabou sendo utilizada também no Brasil. Vintém e cobre viraram sinônimo para dinheiro no País.

Moeda de cobre de 20 réis de D. Pedro I, cunhada pela Casa da
Moeda do Rio de Janeiro. Imagem
do acervo do Museu de Valores, do Banco Central.


Fonte (texto adaptado): Memória da Receita Federal (sítio)
Informações retiaradas do site: http://64.233.163.132/search?q=cache:1Id5zdUu_9YJ:www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da-moeda-no-brasil/historia-da-moeda-no-brasil1.php+historia+do+reis+brasileiro%2Bmoeda+1694&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

A HISTÓRIA DO BRASIL NA EVOLUÇÃO MONETÁRIA EM FINS DE 1890 ATÉ A CRISE MUNDIAL DE 1929/30

A partir de 1893 o teto fixado é ultrapassado. Os preços subiram de 180% entre 1888 e 1894. Juntou-se também a grande desconfiança pública em relação à circulação monetária devido à falsificação de grandes quantidades de notas. O câmbio caiu e ouro evadiu-se. Enfim, foi uma época que terminou em crise, atingindo seriamente o setor bancário em 1900, com a falência do Banco oficial e outros.
Todo esse período, do ponto de vista econômico, foi caracterizado pela grande instabilidade do sistema monetário. As reformas são praticamente impossíveis de serem julgadas por terem sido realizadas de forma tão rápida.
A partir de 1898, foram grandes os esforços para melhorar a situação econômica do país. Nesse mesmo ano, foi assinado um “Funding Loan” com os credores estrangeiros, o que diminuiu um pouco a pressão da dívida sobre as finanças, permitindo a liberação de recursos para aliviar a circulação das notas.
De início, a política monetária foi confiada a Murtinho que praticou uma política de valorização da moeda com o intuito de restabelecer seu poder aquisitivo anterior.
Desde 1898, a situação interna do país tornou-se mais calma, quando foram criados dois fundos, o primeiro foi o Fundo de Garantia e o segundo o Fundo de Resgate do papel-moeda com a finalidade de solidificar o sistema e aumentar a garantia das emissões, diminuindo a circulação das notas. Em 1900, a cobertura das emissões do Tesouro era de 2,14%, e, em 1913 atingiu 32,5%. As emissões de notas diminuíram de 1900 a 1905, ou seja, a circulação do papel-moeda em 1898 era de 788 milhões, em 1902 era de 675 e, em 1905, de 665 milhões. Os preços baixaram entre 1900 e 1914, exceto entre 1902 e 1904. A partir de 1900, a relação de valor da moeda brasileira em relação a outras moedas obteve uma melhora e, a partir desta data, procurou-se sempre a estabilidade do câmbio. Esta preocupação originou-se da importância do comércio exterior para o processo do desenvolvimento da Economia. As importações eram muito importantes ao desenvolvimento da infra-estrutura de base e da industrialização. A capacidade de importar dependia, principalmente, da venda do café. As exportações do café serviam como fundos necessários ao pagamento da dívida externa. O café, portanto, era uma das grandes preocupações governamentais. Além de ter sido o criador de grandes riquezas, sua demanda era submetida a certas particularidades dependentes do mercado mundial. Sua oferta, que foi desequilibrada por uma crise de superprodução, iria ser conduzida por políticas de valorização sempre difíceis.
A evolução monetária, em 1900, sofreu uma forte crise bancária, levando à falência de vários bancos, inclusive o Banco da República do Brasil. Mas, esta crise não durou muito tempo. No final do mesmo ano, os bancos se recuperaram em número bem maior de novos estabelecimentos.
Em 1906, começa a funcionar uma Caixa de Conversão para restabelecer a conversibilidade da moeda e a estabilidade do câmbio. A Caixa emitia notas ao portador de curso legal e conversível em relação ao peso do ouro. O teto de emissão permitido era de 3.200.000 contos de réis.
Entre 1900 e 1913 o produto agregado cresceu 4% ao ano, a formação de capital na indústria cresceu em um ritmo mais acelerado, o sistema de transporte é re-aparelhado, e mantém-se a estabilidade de preço durante todo esse período. As emissões de papel-moeda passaram de 670 milhões em 1900 a 980 milhões em 1914.
Em 1913, a Guerra dos Bálcãs inicia a crise internacional. O início da Primeira Guerra Mundial trouxe efeitos imediatos sobre o comércio internacional, afetando a receita tributária, o fluxo de pagamentos externos e a indústria do café, provocando grave crise no Brasil. A baixa do câmbio fechou a Caixa de Conversão, esvaziando as suas reservas em ouro e em divisas, obrigando a suspender a conversibilidade de suas notas. Um novo “Funding Loan” foi assinado em 1914. O mesmo serviu para aliviar o balanço de pagamentos e contribuiu para que se pudesse estabilizar a taxa de câmbio em torno de 20 a 25% abaixo da paridade de pré-guerra durante todo o conflito. Nesses anos, graças à rápida adaptação da população e à diversidade dos recursos naturais, a economia brasileira encontrou nessas dificuldades, os elementos necessários para um novo progresso.
As exportações de café diminuíram consideravelmente. Mas em 1915, as exportações dos produtos ultrapassaram as de 1913, graças ao grande esforço da produção agrícola que aumentava sua produtividade.
Devido à diminuição das importações de produtos fabricados em consequência da guerra, a indústria realizou grande esforço para atender às necessidades do mercado interno. O número de indústrias aumentou de 7000 em 1914 para 13000 em 1920.
Apesar disso, a guerra provocou sérios problemas nos setores das finanças e da moeda. Entre 1914 e 1920, as emissões aumentaram 88%, passando de 980 milhões para 1 bilhão 848 milhões de cruzeiros. O encaixe metálico foi reduzido de 57% em1912 para 9,50% em 1920.
A recessão de 1920 teve profundas repercussões sobre a política econômica devido ao impacto desestabilizador sobre a taxa de câmbio e o setor cafeeiro. Uma forte desvalorização cambial agravaria a já precária posição financeira do país e de um grande número de empresas. Desse modo, a reação defensiva por parte dos bancos, que era o corte das linhas de crédito para alcançar níveis mais altos de encaixes, agravou ainda mais a crise de liquidez e os problemas do setor privado. A crise da cafeicultura também se agravou devido à incapacidade do sistema bancário em prestar assistência ao financiamento da comercialização da safra.
Em 1921, ouro e divisas evadiram-se de novo, como aconteceu entre 1888 e 1894, devido às fortes emissões ocorridas nos primeiros anos da República. A política de estabilização do câmbio adotada em 1906, onde foi criada a Caixa de Conversão para emitir notas de curso legal e conversível ao peso do ouro, foi abandonada. O Fundo de Resgate foi suprimido e o Fundo de Garantia confiado ao Banco do Brasil. Também foi criada a carteira de Redesconto do Banco do Brasil, ela teria poderes de emitir notas do Tesouro até um limite ampliado pelo Presidente da República. Em julho de 1923, coube ao Banco do Brasil o monopólio das emissões, que durou somente três anos.
Em 1926, ao assumir o governo, Washington Luís realizou um projeto de reforma monetária propondo a volta ao padrão-ouro. O mil-réis passa a corresponder a 200g de ouro. Uma Caixa de Estabilização é criada para operar a conversão das notas em ouro e do ouro em notas.
Esta reforma tinha como principal objetivo atingir a conversibilidade do total de estoque de moedas em circulação à nova paridade. A conversibilidade plena seria decretada quando o estoque de ouro acumulado pela Caixa fosse considerado suficiente. A reforma monetária seria finalizada com a mudança da unidade monetária, criando o cruzeiro que seria de valor igual ao mil-réis à nova paridade.
A crise de 1929 atingiu profundamente o Brasil, a demanda mundial do café diminuiu, provocando um déficit na Balança Comercial e a baixa do câmbio. A taxa de câmbio foi conduzida além da taxa de conversão, levando as reservas em ouro e em divisas da Caixa de Estabilização a desaparecerem, resultando na liquidação da mesma em 1930.

Informações retirada do site : http://www.eumed.net/libros/2009a/477/A%20EVOLUCAO%20MONETARIA%20EM%20FINS%20DE%201890%20ATE%20A%20CRISE%20MUNDIAL%20DE%201929.htm

Filme: Regenerador de Jose Medina

1924
Regenerador (Prelúdio que Regenera)
Este filme conta a história do marido boêmio que troca suas noites no lar pelos prazeres do jogo. Sua esposa, com a cumplicidade do mordomo resolve, então, castigá-lo, simulando uma noite de jogatina. Coloca um provocante vestido, arruma um cigarro e convida o mordomo para sentar à mesa e jogar baralho. Ao voltar de uma de suas noites de boêmia, o marido a surpreende assim. Mas, o mordomo logo esclarece: trata-se de uma simulação para servir-lhe de exemplo. Produtora: Rossi Film. Direção:José Medina.
Elenco: Lúcia Laes, Waldemar Moreno, José Guedes de Castro e Carlos Ferreira.

Video retirado do Youtube http://www.youtube.com/watch?v=hJ9f89zsoLE&feature=related

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O filme Limite de Mario Peixoto por Glauber Rocha


Pelo visto, enquanto obra de autor, Limite terá importância maior que Ganga Bruta. Eis aí o tema: Limite, genial na época, como disse Eisenstein, não terá envelhecido, como envelheceu o próprio Outubro, do mestre soviético? Deduzo que Mário Peixoto usou um processo de montagem fundado sobre um exercício de imagens belas, e montou uma sinfonia estesiante que, se na época deslumbrava, hoje pode ter apenas um interesse histórico, formal. (ROCHA 2003 p.66)

Paulo Emílio Salles Gomes x Jean Claude Bernardet

Conforme o título da postagem, Jean Claude Bernardet contrapõe Paulo Emílio Salles Gomes em alguns aspectos. Segue um exemplo claro de como isso acontece:



Em 1898, voltando ele de uma das suas viagens, tirou algumas vistas da Baia da Guanabara com a câmara de filmar que comprar em Paris. Nesse dia – domingo, 19 de junho – a bordo do paquete francês – “Brésil”, nasceu o cinema brasileiro. (GOMES, 1980 p. 40).



[...] vão aceitar esse nascimento que não deixa de ser estranho: um italiano (radicado no Brasil), com equipamento e material sensível europeus, filma em território francês (o paquete Brésil), um filme brasileiro. (BERNARDET, 1995 p.18)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Inspiração!!

O que Paulo Emílio representa, achado com palavras de Golfredo Talles

“Enfim, Paulo Emílio nos ensinou a tatear os olhos perplexos de nossos pobres heróis de nitrato. Resistir ao impulso aflito de recobrir com palavras essas nossas tristes máscaras devastadas pela miséria e esquecimento. Paulo Emílio nos iluminou nessa aventura de resgatar o Sonho, o Nervo pulsando no fundo da Cena Muda”

Golfredo Talles Neto

A escolha do Nome INANA


O blog recebe o nome de cineinana em referência ao livro de Fernão Ramos, assim como se conta na história, não se sabe o que é Inana, mas de fato ela tem alguma coisa a ver com o nascimento do cinema.
Parece que na Rua do Ouvidor havia uma loja tapada com cortinas, onde um homem com calças xadrez, justas nos tornozelos passava agitado vendendo entradas e vociferando: É a Inana. Vai começar a Inana! Seria a Inana (nunca soube o significado dessa palavra) um cinematógrafo? Talvez o nosso primeiro filme tenha alguma coisa a ver com a Inana (RAMOS, 1996, p.13)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Para quem gosta de Música (Cifras e letras de música da época)

Na casa branca da serra (modinha, 1880) - Guimarães Passos e Miguel E. Pestana

Vicente Celestino


---C --------G7--------- C -Eº
Na casa branca da serra
Dm---------- Dº----------- C-- C#º
Onde eu ficava horas intei-ras
Bbº----------- Eº------ F7M-- F#º
Entre as esbeltas palmei- ras
G7--------- Dº -----C ---C7
Ficaste calma e feliz
--F7M------------F#º------ C-- C#º
Tudo em meu peito me des- te
---Dm ---------Dº --------C-- C#º
Quando eu pisei na tua ter- ra
------F7M---- F#º-------- C--- C#º
Depois de mim te esqueces- te
------G7--------- G/B ----C-- C#º- Dm- G7
Quando eu deixei teu país.


---C---------- G7-------- C-- Eº
Nunca te visse oh! formo-sa
----Dm -----Dº ----C --C#º
Nunca contigo falas- se
------Bbº---- Eº-------- F7M-- F#º
Antes nunca te encontras- se
----G7------- Dº------ C---- C7
Na minha vida enganosa
----F7M------------ F#º-- C-- C#º
Por que não se abriu a ter- ra
---Dm--------- Dº---------- C-- C#º
Por que os céus não me puni- ram
------F7M ------------F#º-- C-- C#º
Quando os meus olhos te vi- ram
---G7-------- G/B------ C ----C#º Dm G7
Na casa branca da serra.

(Instrumental)


-----C------ G7--- C-- Eº
Embora tudo bendi-go
----Dm---- Dº------ C-- C#º
Desta ditosa lembran- ça
Bbº------------- Eº----- F7M- F#º
Que sem me dar esperan- ça
---G7----------- Dº------ C---- C7
De unir-me ainda contigo
------F7M ----F#º--- C-- C#º
Bendigo a casa da ser- ra
------Dm----- Dº------- C--- C#º
Bendigo as horas faguei- ras
----F7M -------F#º----- C-- C#º
Bendigo as belas palmei- ras
------G7 -----G/B--- C----- C#º Dm G7 C
Queridas da tua terra.




Corta-Jaca (Gaúcho) (tango, 1895) - Chiquinha Gonzaga e Machado Careca

Neste mundo de misérias / quem impera / é quem é mais folgazão. / É quem sabe cortar a jaca / nos requebros / de suprema, perfeição, perfeição.

Ai, ai, como é bom dançar, ai! / Corta-jaca assim, assim, assim / Mexe com o pé! / Ai, ai, tem feitiço tem, ai! / Corta meu benzinho assim, assim!

Esta dança é buliçosa / tão dengosa / que todos querem dançar / Não há ricas baronesas / nem marquesas / que não saibam requebrar, requebrar

Este passo tem feitiço / tal ouriço / Faz qualquer homem coió / Não há velho carrancudo / nem sisudo / que não caia em trololó, trololó

Quem me vê assim alegre / no Flamengo / por certo se há de render / Não resiste com certeza / este jeito de mexer




Adda (valsa, 1930) - Mário Ramos e Salvador Morais

Adda, meu doce amor
Adda, meu terno afeto
Tu tens a fragrância, o esplendor
O perfume da flor

Roberto Fioravante
Do meu sonho dileto

Adda, meu ideal
Ó minha inspiração
Tu és o meu casto fanal
Que palpita afinal
Sempre em meu coração

Quando vi teu perfil
Quando vi teu olhar
Eu te achei tão gentil
Linda, casta, infantil,
Como a luz do luar.

Desde logo eu te amei
Desde logo eu te quis
Foi o que eu adorei
desde que acho e que sei
Que quem ama, é feliz

Ó Adda, meu coração tu tens risonho
Pois só penso em ti
Desde o dia em que te vi
Resplender o teu ser
E sorrir ao meu sonho

Ó Adda, como é sereno o teu olhar
É o santo elixir
Do meu doce porvir
Meiga luz, que me pus à adorar.




Tardes de Lindóia (valsa, 1930) - Zequinha de Abreu e Pinto Martins

----A ----------E7----------- A
Tardes silenciosas de Lindóia
--------------C°------------ Bm---- Gb7
Quando o sol morre tristonho
-----Bm------------------------ E7
Tardes em que toda a natureza
----------------------------A------ E7
Veste-se de véu, e de sonho

Francisco Petrônio e
Dilermando Reis

-----A -----------E7-------------- A
Baixo os arvoredos murmurantes
-----Gb7--------------- Bm
Da tênue brisa a soprar
D----------- Eb°--------- A------ Gb7
Anjinho dos sonhos meus
--------------------B7-------------- E7------- A---- Db7
Não sabes tu como é sublime contigo sonhar
------Gbm------------------ Bm
Longe lá no horizonte calmo
-------------------------Db7
As nuvens se incendeiam
---------------------Gbm----- Db7
Num incêndio de luz
-----Gbm -------------------Db7
Vibra e se exalta minh’alma
--------------------------Gbm----- Db7
Na sensação que a seduz
Gbm------------------ Bm
Um plangente sino toca
----------------------------Db7
Chamando à prece a todos
--------------------------Gbm------ Gb7
Os que ainda sabem crer
-----------------------Bm
Então eu sonho e creio
---------------------Gbm
Beijar tua linda boca
---------------------Ab7- Db7- Gbm
Para acalmar o meu sofrer.



Tardes de Lindóia (valsa, 1930) - Zequinha de Abreu e Pinto Martins

----A ----------E7----------- A
Tardes silenciosas de Lindóia
--------------C°------------ Bm---- Gb7
Quando o sol morre tristonho
-----Bm------------------------ E7
Tardes em que toda a natureza
----------------------------A------ E7
Veste-se de véu, e de sonho

Francisco Petrônio e
Dilermando Reis

-----A -----------E7-------------- A
Baixo os arvoredos murmurantes
-----Gb7--------------- Bm
Da tênue brisa a soprar
D----------- Eb°--------- A------ Gb7
Anjinho dos sonhos meus
--------------------B7-------------- E7------- A---- Db7
Não sabes tu como é sublime contigo sonhar
------Gbm------------------ Bm
Longe lá no horizonte calmo
-------------------------Db7
As nuvens se incendeiam
---------------------Gbm----- Db7
Num incêndio de luz
-----Gbm -------------------Db7
Vibra e se exalta minh’alma
--------------------------Gbm----- Db7
Na sensação que a seduz
Gbm------------------ Bm
Um plangente sino toca
----------------------------Db7
Chamando à prece a todos
--------------------------Gbm------ Gb7
Os que ainda sabem crer
-----------------------Bm
Então eu sonho e creio
---------------------Gbm
Beijar tua linda boca
---------------------Ab7- Db7- Gbm
Para acalmar o meu sofrer.



Já te digo (samba / carnaval, 1919) - Pixinguinha e China
J. Cascata e Velha Guarda


Um sou eu, e o outro não sei quem é
Um sou eu, e o outro não sei quem é
Ele sofreu pra usar colarinho em pé
Ele sofreu pra usar colarinho em pé

Vocês não sabem quem é ele, pois eu vos digo
Vocês não sabem quem é ele, pois eu vos digo
Ele é um cabra muito feio, que fala sem receio
Não tem medo de perigo
Ele é um cabra muito feio, que fala sem receio
Não tem medo de perigo

Um sou eu, e o outro não sei quem é
Um sou eu, e o outro não sei quem é
Ele sofreu pra usar colarinho em pé
Ele sofreu pra usar colarinho em pé

Ele é alto, magro e feio / É desdentado
Ele é alto, magro e feio / É desdentado
Ele fala do mundo inteiro / E já está avacalhado no Rio de Janeiro
Ele fala do mundo inteiro / E já está avacalhado no Rio de Janeiro

Vocês não sabem quem é ele, pois eu vos digo
Vocês não sabem quem é ele, pois eu vos digo
Ele é um cabra muito feio, que fala sem receio
Não tem medo de perigo
Ele é um cabra muito feio, que fala sem receio
Não tem medo de perigo
retirado do site: http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/03/odeon.html

O que acontecia no Brasil na Belle Epoque




14 de julho de 1909 - Abre-se o Teatro Municipal

“Hoje, às oito e meia da noite, abrem-se as portas do Teatro Municipal, pela primeira vez, para um espetáculo. O programa já o publicamos, mas não é demais repeti-lo. A saber: 1ª parte – Hino nacional, à chegada do senhor presidente da República; discurso oficial, pelo senhor Olavo Bilac; Insomna, poema sinfônico do maestro senhor Francisco Braga. 2ª parte – Bonança, comédia em um ato, original do senhor Coelho Neto, pela companhia Arthur Azevedo. 3ª parte – Moema, ópera do maestro senhor Delgado de Carvalho, cantada por artistas do Centro Lírico Brasileiro, sob a regência do maestro senhor Francisco Braga” (Jornal do Brasil).



Foto Retirada do site: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.jblog.com.br/media/117/20090619-2161966b.jpg&imgrefurl=http://www.jblog.com.br/hojenahistoria
Video retirado do youtube

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Porque o Blog se chama Inana?

O blog recebe o nome de cineinana em referência ao livro de Fernão Ramos, assim como se conta na história, não se sabe o que é Inana, mas de fato ela tem alguma coisa a ver com o nascimento do cinema.

Parece que na Rua do Ouvidor havia uma loja tapada com cortinas, onde um homem com calças xadrez, justas nos tornozelos passava agitado vendendo entradas e vociferando: É a Inana. Vai começar a Inana! Seria a Inana (nunca soube o significado dessa palavra) um cinematógrafo? Talvez o nosso primeiro filme tenha alguma coisa a ver com a Inana (RAMOS, 1996, p.13)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Radialismo X Cinema

Estudar a história do cinema é voltar ao século XIX e por instantes fazer parte do descobrimento, da ligação com as máquinas e com as dificuldades.
O que hoje é visto como uma miscigenação de áudio e som, na época eram obstáculos a serem superados, o primeiro, foi a fotografia com Niépice, após esse invento, tantos outros surgiram antes da chegada das câmeras tal qual vemos hoje, como por exemplo: Fenaquistiscopio, Traumatópo, Zòotropo.
A beleza do cinema estava nas descobertas que iam acontecendo e no empenho em fazer um filme, por exemplo, não existia subsídio voltado para os filmes, eram feitos através de muito empenho dos seus idealizadores, com o dinheiro que eles tinham, de forma até precária.
O intuito do trabalho em geral é resgatar o que há muito está esquecido, e o que foi o começo do cinema, é fácil falar de cinema hoje, está tudo digitalizado e na internet, mas a evolução histórica ainda não existe.
Radialismo, cinema e as novas mídias digitais precisam trabalhar juntos para agregar cada vez mais e para entender o que foi o nosso cinema, quais equipamentos eram utilizados e quais as formas que podem ser divulgadas.

Entrevista com Carlos Roberto de Souza - Cinemateca




Entrevista feita por Beatriz Abarca e Katia Ferrari
com Carlos Roberto de Souza

Você está acompanhando e organizando as Jornadas Brasileiras do Cinema Silencioso que já são três, de onde surgiu a idéia desse evento?

R: Desde 2002 se reúne aqui na Cinemateca um grupo de pesquisadores, professores e todos relacionados com o cinema brasileiro. Agente se reúne mensalmente desde Abril de 2002...
Nós vimos todos os filmes silenciosos brasileiros que existem, então todos os textos e filmes já lidos e visto esse grupo discute. Lá para 2006 achamos que precisávamos ter produtos palpáveis... E surgiu essa coisa pra fazer e acabou se chamando de Jornada, mas inicialmente era uma coisa mais acadêmica como seminários, eu achei legal, mas não achei muito legal a minha idéia era fazer algo de repercussão mesmo... Em 2007 desenhei o que era a Jornada e ai foi um sucesso a primeira Jornada foi uma loucura de descobertas...

Qual a sua participação na Socine?

R: O grupo da Cinemateca de pesquisa propôs um trabalho com seminários temático somente sobre Cinema Silencioso.

Da onde surgiu a vontade de estudar o Cinema Silencioso Brasileiro?

R: Simples. Eu nunca fui cinéfilo tanto que comecei a fazer cinema meio que por acaso. Em 1969 me perguntaram por que eu não faria cinema e já existia curso de cinema e prestei e entrei na ECA, foi muito legal, pois a primeira aula de cinema que tive foi com o Paulo Emilio Salles Gomes e ai ele deu um curso exatamente sobre o tema Cinema Silencioso Universal e depois o Cinema Brasileiro e eu acabei me interessando pelo Cinema Silencioso...

Qual sua opinião sobre os acervos do Cinema Silencioso?

R: O Acervo que agente tem acesso na verdade são quase 10% das coisas que existem.

Você seguiu algum teórico, ou alguém que direcionasse o caminho para suas pesquisas?

R: O Paulo Emílio era uma pessoa fantástica, quem estimulou na verdade a pesquisa sobre o cinema brasileiro foi ele. Também foi um dos fundadores da Cinemateca...

Entre Paulo Emilio Salles Gomes e Jean-Claude Bernardet cada um segue uma linha de pesquisa e pensamento com qual dos dois você concorda? Por quê?

R: O Jean-Claude tem essa postura polêmica e provocadora que eu acho legal, mas o que me incomoda é o fato de não construir respostas... O livro legal que eu acho é “Propostas para uma história / Jean-Claude Bernardet. Autor: Bernardet, Jean Claude. Rio de Janeiro: Paz e Terra”...

Hipoteticamente, se pudesse voltar no tempo, qual diretor/inventor/criador gostaria de conhecer? E por quê?

R: Adorei essa pergunta. Na verdade a cada momento tenho vontade de conhecer um... Em termos de cinema brasileiro qualquer período, pois sabemos de tão pouco, qualquer momento que voltássemos e pudéssemos testemunhar algo seria deslumbrante...

Como você teve aulas com Paulo Emilio Salles Gomes, fala um pouco sobre ele como pessoa?
R: Ele era muito divertido... Existem pessoas que conseguem fazer da memória do Paulo Emilio uma coisa careta, coisa que ele não era, Paulo Emílio tinha um senso de humor absolutamente extraordinário... Ser divertido não significa ser superficial é coisa de profundidade mesmo.

Como você se definiria como pesquisador do Cinema Silencioso?
R: Eu não sou teórico, algumas pessoas dizem que sou, mas não sou eu sou. Sou pesquisador mesmo, eu gosto de fonte, eu gosto de revistas velhas, jornais velhos, filmes velhos... Você tem vários teóricos, acho super legal, mas na hora de trabalhar eu gosto das coisas mais concretas possíveis.

Sobre os acervos dos filmes da Cinemateca, não existe a possibilidade de uma facilidade de acesso ao material como, por exemplo, na internet?

R: Existe um projeto, não sei quando será colocado no ar, mas se chama banca de conteúdo. É um projeto da Cinemateca e da Secretaria do Ministério da Ciência e Tecnologia, está sendo digitalizado teoricamente tudo que existe do Cinema Brasileiro e que vai ser colocado tudo na internet para as pessoas verem...
Como é feita a escolha dos temas das Jornadas?

R: Na verdade a escolha é meio circunstancial, o japonês foi por causa dos 100 anos de imigração, do Francês foi por causa do ano da França no Brasil e o ano que vem eu já disse que vai ser Suécia porque eu quero que seja Suécia. (risos)
Já acertei com a Cinemateca da Suécia, o diretor de lá vai vir para fazermos a primeira palestra, já está tudo certo...

Sobre os músicos brasileiros que ficavam atrás das telas, o que me diz sobre eles?

R: Os que cantavam atrás das telas, têm algumas referencias no livro do Araújo, Vicente de Paula – A bela época do cinema brasileiro. São Paulo: Editora Perspectiva (Debates), 1976. Não encontra é difícil, talvez só as orquestras...

Para finalizar o que você acha da nossa proposta? A mistura do antigo (cinema mudo brasileiro) com a atualidade (um blog)?

R: Acho ótimo. É mais fácil as pessoas saberem desse assunto através via internet do que via livro... As pessoas caem de repente no blog, quem estiver pesquisando algo...Via blog é capaz de despertar interesse de alguém...Achei muito interessante o trabalho de vocês...
Foto tirada pela Beatriz Abarca e Katia Ferrari

A estrutura de um Cinematógrafo



Entrevista com Rubens Machado Jr.







Entrevista feita por Beatriz Abarca e katia Ferrari com
Rubens Machado Jr.




Rubens Machado Jr. é um crítico de cinema e professor da Universidade de São Paulo.


Quando você começou a se interessar pelo tema Cinema Silencioso Brasileiro?

R: Foi aos poucos, logo no início com o meu envolvimento no Cinema. Alguns filmes me interessaram mais e outros menos. Sempre tive mais interesse em filmes experimentais, isso me levou a me interessar pelo “LIMITE”... No meu mestrado estudei o início do cinema que representava São Paulo e acabei fazendo toda a dissertação o período entre guerras que são filmes silenciosos... Mas todos que se envolvem com o cinema é uma coisa inevitável não pesquisar sobre o Cinema Silencioso, pois é lá que se constrói a linguagem os gêneros. Tudo esta ligado...

Qual o livro que você indicaria para um conhecimento mais completo sobre o Cinema Silencioso Brasileiro?

R: Crônicas do Cinema Paulistano. Autor. Maria Rita Eliezer Galvão
Humberto Mauro, Cataguases, CINEARTE. Autor. Paulo Emílio Salles Gomes
Limite. Autor: Saulo Pereira De Mello
Esses livros são apaixonantes!

Qual sua opinião sobre os acervos do Cinema Silencioso Brasileiro?

R: História do cinema brasileiro é complicada, você tem que se ligar a grupos de pesquisas, nas universidades, nas Cinematecas...

Se você pudesse eleger um representante, um teórico ou historiador sobre o assunto quem você escolheria?

R: Tranqüilamente o Paulo Emilio Salles Gomes, pelo o estudo que ele fez os textos que ele escreveu... Ele é um teórico fecundo, ele propôs um olhar e um modo de discutir a produção cinematográfica brasileira que foi muito importante e inspirador pra mim.

Entre Paulo Emilio Salles Gomes e Jean-Claude Bernardet cada um segue uma linha de pesquisa e pensamento com qual dos dois você concorda? Por quê?

R: Todas as hipóteses me parecem interessantes, você filmar com o olhar de estrangeiro ou filmar com alguém daqui, são as diversas partes da discussão em debates que são interessantes, adotar essa ou aquela posição não parece que decide muita coisa... O confronto das questões é interessante...

Para finalizar o que você acha da nossa proposta? A mistura do antigo (cinema mudo brasileiro) com a atualidade (um blog)?

R: A idéia me parece interessante, porque existe uma dispersão... Pode ser uma coisa ótima...interagir com as pessoas já envolvidas...talvez vocês possam cumprir um papel que ninguém está cumprindo....
Foto retirada do site http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://3.bp.blogspot.com

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Jose Inácio Melo Souza - autor do livro - Imagens do Passado (Ping Pong)

Entrevista com Jose Inácio Melo Souza






José Inácio de Melo Souza é ensaísta, autor de diversos livros sobre o cinema brasileiro, entre eles o livro “Imagens do Passado” que nos proporcionou um baseamento de pesquisa. José Inácio foi uma das peças fundamentais para este trabalho e principalmente pela a entrevista que nos foi concedida abaixo.

Qual ou quem te inspirou para escrever o livro “Imagens do Passado”?

R: Imagens do passado foi o resultado de uma pesquisa que comecei a fazer quando estava em fase de término de outra, a que realizei sobre o organizador da Cinemateca Brasileira, Paulo Emilio Salles Gomes, ou seja, por volta de 1998-99. A revisão da bibliografia sobre o cinema mudo e a organização da nova documentação resultaram num curso dado no segundo semestre de 2001, que preparei para a pós-graduação da Unicamp, na área de Sociologia da Cultura, com uma bolsa de Pós-Doutorado da Fapesp. O livro é em boa medida a expressão em papel para um público mais amplo do curso, que teve uma média de seis ou sete alunos.


Qual a maior dificuldade encontrada no caminho percorrido?

R: Sem dúvida a fragilidade das bibliotecas paulistas. Para os jornais do Rio de Janeiro tínhamos que contar com a boa vontade dos funcionários da Biblioteca Mário de Andrade em função no “depósito” de periódicos de Santo Amaro. Havia uma agenda de marcação de consultas, que com o tempo foi se restringindo até restar um dia por semana. Hoje nem isso. Outra biblioteca importante pela sua coleção de revistas do começo do século, a do Instituto Histórico e Geográfico, foi fechada com a crise da instituição. Quando tive que fotografar algumas imagens de revistas antigas para o livro, em 2002, alguns números que tinha pesquisado antes não foram localizados. Até hoje a biblioteca do Instituto continua fechada ao público.


Você seguiu algum teórico, ou alguém que direcionasse o caminho?

R: O processo de discussão das idéias e teorias sobre História, campo que me é mais próximo, em circulação no nosso tempo é permanente. Sobre a revisão do cinema mudo, sem dúvida o questionamento de Jean-Claude Bernardet sobre os primórdios do cinema no Brasil publicada em 1995 (Historiografia clássica do cinema brasileiro) foi importante para balizar o caminho, uma discussão que, no âmbito internacional, tinha começado no final da década de 1970.


Quais os filmes de cinema mudo brasileiro você assistiu?

R: Os que foram possíveis de visualização, já que a maior parte da produção entre 1898 e 1934 se perdeu.


Qual a sua opinião sobre os acervos de cinema mudo brasileiro?
R: Existem os privados que precisariam se mais públicos, como o da Cinédia, do Rio de Janeiro. Existem os públicos, como a Mário de Andrade, sobre o qual aguardamos que a reforma em andamento traga resultados positivos para os consulentes. E existem as surpresas que beneficiam a todos como a expansão da Cinemateca Brasileira e os novos acervos abertos como o de Marc Ferrez, no Arquivo Nacional, ou os fundos sobre salas de cinema do Arquivo Municipal Washington Luiz.



Entre Paulo Emilio Salles Gomes e Jean-Claude Bernardet cada um segue uma linha de pesquisa e pensamento com qual dos dois você concorda? Por quê?

R: Com ambos. Os dois são ensaístas e historiadores de alto nível.


Para finalizar o que você acha da nossa proposta? A mistura do antigo (cinema mudo brasileiro) com a atualidade (um blog)?

R: O passado tem que ser difundido pelos meios modernos. Porque não um blog?



Entrevista feita por Beatriz Abarca e katia Ferrari com José Inacio de Melo Souza

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Braza Dormida


Brasil - 1928 - Drama - P&B - 60 min - 35mm
Direção: Humberto Mauro
Produção: Agenor Cortes de Barros e Homero Cortes Domingues
Direção de fotografia: Edgar Brazil
Montagem: Humberto Mauro
Companhia produtora: Phebo Brasil Film
Distribuição: Universal Pictures do Brasil
Cenografia: Paschoal Ciodaro
Laboratório: Benedetti Film
Lançamento: 4 de março de 1929
Elenco:Luiz Soroa (Luís Soares), Nita Ney (Anita Silva), Pedro Fantol (Pedro Bento), Máximo Serrano (Máximo), Rosendo Franco (operário), Cortes Real (Carlos Silva), Paschoal Ciodaro (capataz), Haroldo Mauro, José Venâncio de Godoy e Francisco Assis Barros Farias (torcedores do Jockey Club), Vidoque (operário que almoça no jardim) e Edgar Brazil
Sinopse:Luís Soares, elegante jovem carioca, perde nas corridas de cavalo o dinheiro que lhe restava. Casualmente, lê um anúncio procurando pessoa para gerenciar uma usina de açúcar. Luís apresenta-se ao usineiro e é aceito para o cargo. Na ocasião, conhece Anita, filha do milionário, e um interesse mútuo surge entre eles. Já na usina, no interior de Minas Gerais, Luís mostra-se eficiente e trabalhador. Seu principal colaborador é Máximo, enteado de Pedro Bento - ex-gerente da usina, despedido por incompetência -, sistematicamente maltratado pelo padrasto.
O usineiro e a filha vão passar uma temporada na fazenda e as relações entre Luís e Anita aprofundam-se. Há idílios campestres observados de longe por Pedro Bento, que é visto escrevendo sem parar misteriosas cartas. O usineiro recebe cartas anônimas denunciando o namoro da filha com Luís; como não conhece a família do rapaz, veta qualquer idéia de casamento e resolve levar Anita de volta para o Rio de Janeiro.
Luís e Máximo vão à capital no dia do aniversário de Anita. Aproveitando a ausência de Luís, Pedro Bento dinamita a chaminé da usina. Luís e Pedro Bento discutem e lutam à beira dos tanques de melado fervente. Durante a briga, Pedro Bento cai na caldeira de melado e morre afogado.
O usineiro descobre que Luís é filho de um velho colega e amigo seu. Anita e Luís casam-se e partem em lua-de-mel.Este filme é um dos grandes clássicos da época do cinema mudo brasileiro.



Filme retirado do Youtbe:http://www.youtube.com/watch?v=un_jCnDTOXk&feature=related

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um pouco sobre Humberto Mauro

Humberto Duarte Mauro nasceu no dia 30 de abril de 1897 na Fazenda Volta Grande no estado de Minas Gerais.
Ele cresceu em Cataguases onde já demonstrou uma habilidade incomum e manual prático, construiu o primeiro equipamento receptor de rádio de sua cidade ele estudou música, mecânica, elétrica e entrou numa fábrica que forneceu muitas explorações e agricultores da Zona da Mata.

Humberto Mauro em 1922 tornou-se interessado na cinematografia e o pesquisador Paulo Emílio Sales Gomes incentivou o próprio a fazer produções de filmes, mas para o lado técnico e não artístico.


Em 1923 Humberto Mauro comprou uma máquina fotográfica e esse gosto pela mecânica artística trouxe um vínculo de amizade com Peter Cornell, um imigrante italiano que foi o fotógrafo mais importante de Cataguases. Os dois começaram a ter um “caso” com o cinema, uniram-se e foi gravado o primeiro curta, Valadião, O Cratera (1925), um filme de aventura de cinco minutos, com alguns elementos de humor. A partir desse período Humberto Mauro iniciou suas obras, foi um dos pioneiros do cinema brasileiro, seus filmes são do período de 1925 a 1974 sempre com temas brasileiros.


Abaixo estão suas obras até o fim do Cinema Silencioso:


1925
VALADIÃO, O CRATERA(curta-metragem)
co-diretor e diretor de fotografia



1926
NA PRIMAVERA DA VIDA
diretor e roteirista



1927
THESOURO PERDIDO
diretor, roteirista, diretor de fotografia e ator



1928
SYNPHONIA DE CATAGUAZES(curta-metragem)
diretor



1928
BRAZA DORMIDA
diretor, roteirista e montador


1929
SANGUE MINEIRO
diretor e roteirista



1930
LÁBIOS SEM BEIJOS
diretor, diretor de fotografia e ator



Bibliografia: VIANY, Alex. Humberto Mauro, sua Vida, sua Arte, sua Trajetória no. Cinema. Rio de Janeiro: Artenova/Embrafilme, 1978.
Foto retirada do site: http://www.algosobre.com.br/images/stories/assuntos/biografias/Humberto_Mauro.jpg
Video retirado do Youtube

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Nhô Anastácio Chegou de Viagem

Nhô Anastácio Chegou de Viagem é a primeira comédia brasileira, datada de 1908, com a duração de 15 minutos, feita no Rio de Janeiro, filmada por Marc Ferrez e interpretada pelo ator, acrobata e cantor José Gonçalves Leonardo, que, chega ao Rio de Janeiro (capital do Brasil na época) se encanta com os prédios da Cidade Maravilhosa, apaixona-se por uma cantora e com a chegada da sua esposa se envolve em várias confusões. É considerado o pioneiro a exibir a vida sertaneja e seus costumes.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sobre as músicas e compositores do Brasil


Nos primórdios do cinema brasileiro, não existia ainda um aparelho que captasse o áudio junto com a imagem, como acontece nos dias de hoje. Mesmo assim, sempre houve o acompanhamento de músicas populares de uma maneira mais “poética”.

As sessões de filmes mudos, não seria normalmente visto em completo silêncio, muitas vezes eram acompanhados por música ao vivo, geralmente improvisada por um pianista ou orquestra. Já no início da indústria do cinema a música foi reconhecida como uma parte essencial de qualquer filme, o clima para a ação de colocar na tela. No começo no cinema brasileiro ofereceu operetas ( é um tipo de teatro musical) com cantores realizando por trás da tela.

Os cinemas geralmente tinha um pianista para acompanhar a projeção ou até mesmo grandes orquestras, assim podendo até mesmo adicionar os efeitos sonoros. Conforme o crescimento da indústria cinematografica e o tamanho da produção do cinema mudo, a empresa se tornou a principal fonte de emprego para músicos.

Também havia personagens cantantes que dublavam o som da própria voz, assim trazia um maior divertimento para as pessoas presentes no “show”. Abaixo, alguns exemplos de músicos:

• José do Cavaquinho – Guitarrista, Flautista, maestro e Compositor, era um dos artistas que se postavam atrás da tela para realizar enredos musicais para os filmes.



• Ernesto Nazareth - trabalhou e criou fama como pianista da sala de espera do cinema Odeon, para o qual compôs o tango "Odeon", uma de suas peças mais célebres, que ganhou uma popular transcrição para violão.




• Ari Barroso – empregou-se como pianista no Cinema Íris, no Largo da Carioca e, mais tarde, na sala de espera do Teatro Carlos Gomes com a orquestra do maestro Sebastião Cirino.

Infelizmente poucas composições sobreviveram a partir deste período, musicólogos frequentemente encontrar problemas ao tentar fazer uma reconstrução precisa das composições restantes.

Abaixo um registro com mais músicos e artistas da época:















Ernesto Nazareth ouviu os sons que vinham da rua, tocados por nossos músicos populares, e os levou para o piano, dando-lhes roupagem requintada. Sua obra se situa, assim, na fronteira do popular com o erudito, transitando à vontade pelas duas áreas. Em nada destoa se interpretada por um concertista, como Arthur Moreira Lima, ou um chorão como Jacó do Bandolim.

O espírito do choro estará sempre presente, estilizado nas teclas do primeiro ou voltando às origens nas cordas do segundo. E é esse espírito, essa síntese da própria música de choro, que marca a série de seus quase cem tangos-brasileiros, à qual pertence "Odeon". Obra-prima no gênero, este tango é apenas mais uma das inúmeras peças de Nazareth em que "melodia, harmonia e ritmo se entrosam de maneira quase espontânea, com refinamento de expressão", como opina o pianista-musicólogo Aloysio de Alencar Pinto.


"Odeon" é dedicado à empresa Zambelli & Cia., dona do cinema homenageado no título, onde o autor tocou na sala de espera. Localizado na Avenida Rio Branco 137, possuía duas salas de projeção e considerado um dos "mais chics cinematógraphos do Rio de Janeíro". Em 1968, a pedido de Nara Leão, Vinícius de Moraes fez uma letra para "Odeon":

Ai, quem me dera / O meu chorinho / Tanto tempo abandonado / E a melancolia que eu sentia / Quando ouvia / Ele fazer tanto chorar / Ai, nem me lembro / Há tanto, tanto / Todo o encanto / De um passado / Que era lindo / Era triste, era bom / Igualzinho a um chorinho/ Chamado Odeon.
Terçando flauta e cavaquinho / Meu chorinho se desata / Tira da canção do violão / Esse bordão / Que me dá vida / Que me mata / É só carinho / O meu chorinho / Quando pega e chega / Assim devagarzinho / Meia-luz, meia-voz, meio tom / Meu chorinho chamado Odeon
Ah, vem depressa / Chorinho querido, vem / Mostrar a graça / Que o choro sentido tem / Quanto tempo passou / Quanta coisa mudou / Já ninguém chora mais por ninguém / Ah, quem diria que um dia / Chorinho meu, você viria / Com a graça que o amor lhe deu / Pra dizer "não faz mal / Tanto faz, tanto fez / Eu voltei pra chorar com vocês"
Chora bastante meu chorinho / Teu chorinho de saudade / Diz ao bandolim pra não tocar / Tão lindo assim / Porque parece até maldade / Ai, meu chorinho / Eu só queria / Transformar em realidade / A poesia / Ai, que lindo, ai, que triste, ai, que bom / De um chorinho chamado Odeon
Chorinho antigo, chorinho amigo / Eu até hoje ainda percebo essa ilusão / Essa saudade que vai comigo / E até parece aquela prece / Que sai só do coração / Se eu pudesse recordar / E ser criança / Se eu pudesse renovar / Minha esperança / Se eu pudesse me lembrar / Como se dança / Esse chorinho / Que hoje em dia Ninguém sabe mais.
Fonte: A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34

Foto retirada do site: http://www.sfreinobreza.com/itajazzbandbatuta.jpg e dos acervos da Cinemateca Brasileira
http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/03/odeon.html

Notícia no Jornal Caderno B/Especial


Motivos que levaram o cinema mudo brasileiro a entrar em decadência


A chegada do Sonoro no Cinema Brasileiro foi no começo de 1930, Leal e Labanca pioneiro com a introdução da primeira versão do filme Viúva Alegre, que foi exibida em Paris, com isso outras empresas cinematográficas surgiram, o cinema brasileiro foi ganhando prestígio. Mas surgiu a Primeira Guerra Mundial, a indústria cinematográfica brasileira deu seus primeiros passos para enfrentar as dificuldades financeiras e técnicas da época. Assim os filmes ficaram mais caros e os filmes brasileiros entraram em declínio, pois não poderiam competir com a indústria de cinema estrangeiro.

Entre 1927 e 1929 as primeiras experiências foram realizadas com o mais novo artefato o som, o filme O Tesouro Perdido ganhou uma premiação de melhor filme do ano feita revista Cinearte. Durante o período de 1931, Humberto Mauro juntou-se com o diretor Ademar Gonzaga que se dedicou a produzir filmes populares como dramas e comédias musicais, e assim surgiu a Cinédia.
Os filmes de gênero carnavalesco, com a participação de cantores populares como Carmen Miranda com Olá, olá, Brasil (1934), foi o maior sucesso popular até então continuou até a década de 1950.

Limite


Limite foi feito durante o período de transição entre o cinema mudo e sonoro por Mario Peixoto, sendo um dos seus principais trabalhos. É considerado por muitos críticos o melhor da história do cinema brasileiro, tornou-se um verdadeiro mito no cinema no país, além de ser o filme que encerra a fase do cinema mudo.
É um trabalho surrealista, lidar com os conflitos causados pelas condições humanas e como a vida conspira para impedir a realização plena do homem.

Três pessoas (protagonistas) ficam sem comida, em um barco à deriva, cada um destes personagens tem um passado particular... Mario Peixoto inclui alegorias, metáforas, imagens sugestivas e experimentais.

Com uma excelente fotografia de Edgar Brasil, sendo acompanhado com uma coleção de belas e clássicas obras musicais, assim tornando-se um espetáculo internacional.

Limite (1930) - 120 min.
Diretor: Mario Peixoto
Fotografia: Edgar Brasil
Produtor: Mario Peixoto
Música: Erik Satie, Claude Debussy, Alexander Borodin, Maurice Ravel, Igor Stravinsky, César Frank, Sergei Prokofiev
Aristas: Iolanda Bernardes, Edgar Brasil, Olga Breno, Brutus Pedreira, Mario Peixoto, Tatiana Rey, Carmen Santos, Raul Schnoor

Filme retirado do youtube

Referências Bibliográficas:Castro, Emil. Jogos de Armar: a vida do solitário Mário Peixoto. Rio de Janeiro: Lacerda, 2000.

Couto, José Geraldo. “Filme vai recriar os bastidores de Limite”. Folha de São Paulo. São Paulo: 21 de fevereiro de 1996


Paulo Emílio Salles Gomes e sua importância no cinema brasileiro



Quem deu início as pesquisas, um novo estilo de crítica cinematográfica dos primórdios do cinema brasileiro foi, Paulo Emílio Salles Gomes, pois antes dele só existiam pequenas crônicas do assunto. Portanto podemos afirmar que ele foi o fundador dos estudos cinematográficos no Brasil.

Um pesquisador que procura encontrar na história do cinema brasileiro uma experiência única e histórica, escrever as críticas de forma coerente, com uma profunda compreensão do significado cultural do cinema.

Paulo Emilio Salles Gomes era capaz de reconhecer um trabalho importante, e ajudar os espectadores comum a compreender e valorizar a sua importância com suas críticas, tinha uma visão abrangente dos mais diversos genêros da cinematografia.
Um homem muito taxado pelos críticos como nacionalista, por ter um raciocínio muito positivo a respeito do cinema brasileiro, "subestimando" a importância de festivais internacionais de cinema, pois se importava mais com o público e o mercado brasileiro da filmografia nacional.
Ele não foi apenas um crítico, também foi um colega dos diretores mais importantes, um militante que entendeu a crítica de cinema como uma missão.
Ele entendeu que a cinematografia brasileira não foi um fenômeno isolado na sociedade. A formação de um cinema verdadeiramente nacional era parte de um amplo processo de formação de uma nova identidade brasileira.

foto retirada do site: http://www.pernambuco.com
Referências Bibliográficas:
GOMES, Paulo Emílio Sales. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980.

Lanterna mágica

Um dispositivo óptico, um percursor cinematographo que foi inventado na Europa. Um desses artefatos, foi inventado com base da camera escura como um jogo de lentes e um suporte deslizante onde colocavam transparências pintadas sobre uma placa de vidro, essas imagens se projetavam com uma lâmpada de velas, lembrando que na época não existia luz eléctrica, ao desenvolver a Lanterna Mágica ela se popularizava e ia encontrando métodos mais práticos com o tempo.


A Lanterna Mágica não foi utilizada somente para a projeção de filmes ou para qualquer outro tipo de entretenimento, foi também um projeto utilizado para mais variados trabalhos importantes como, o aprendizado em instituições de ensino de forma visual e até mesmo na medicina um método curativo para certos tipos de epilepsia, entre outros.

Esse aparato foi sem dúvida um grande passo para a indústria cinematografica, assim dando amplitude para mais novos inventos do gênero, abaixo são outros tipos de Lanterna Mágica inventadas na época:



Fenaquistiscopio: Vem do grego espectador ilusório, consistem vários desenhos em um mesmo objeto, em posições ligeiramente diferentes, distribuidos por uma placa circular e quando a placa gira na frente de um espelho, cria-se uma ilusão de imagem em movimento;





Traumatópo: Também chamado como Rotocópio é uma máquina que reproduz o movimento mediante a imagem. Ele é um disco com dois lados com imagens diferentes em cada um, quando ela gira rapidamente as imagens se unem, provocando a ilusão de óptica que as imagens estão juntas, ou seja, transformando-nas em uma só;



Zòotropo: Vem do grego (vida girar), ele é composto por um tambor redondo com alguns furos e através deles o espectador pode observar os diversos desenhos de dentro dele e ao girar dá o movimento as figuras;





Zoopraxiscopio: Um elemento que foi muito importante na evolução do cinema, projetada as imagens situadas em discos de cristais giratórios em uma rápida sucessão, para dar a impressão de movimento.


imagens retiradas dos sites: http://animacaodeimagens.blogspot.com/ http://www.marcosmaurilioribeiro.net/

Referências Bibliográficas: Mannoni,Laurent . A Grande Arte da Luz e da Sombra.SENAC, 2003

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Relação entre a Primeira Usina e os Primeiros Filmes

O cinema brasileiro praticamente não existe nos dez primeiros anos, tudo isso devido à precariedade no fornecimento de energia elétrica. Até que em 1907, foi inaugurada a usina de Ribeirão das Lages (foto ao lado), junto com a usina quase uma dezena de salas de exibição foram abertas no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Heitor Villa Lobos

No decorrer da pesquisa, informações conflitantes foram aparecendo... Por exemplo, no livro do Tinhorão está escrito que Villa Lobos tocava nas salas de espera do cinema mudo, mas ao entrar no site (http://www.museuvillalobos.org.br) e ler toda a biografia não foi encontrada essa informação, pelos motivos acima citados entrou-se em contato com o site, a resposta obtida foi que Villa Lobos participou sim do Cinema Mudo, ele tocava nas salas do ODEON, mas infelizmente não se tem as músicas uma vez que não se tratava de concertos e sim de música ambiente...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Curiosidades!!!!










Jornal - Clube de Cinema de São Paulo






Jornais da época
















Diário de Minas - 1919
Capa do jornal Diário de Minas, de 27 de julho de 1919. Na manchete, rara na época, é destacada a posse do novo presidente da republica, Epitácio Pessoa.





Retirada dos acervos da Cinemateca Brasileira
http://jornaisriocasca.blogspot.com/

sábado, 19 de setembro de 2009

Os Estranguladores o Filme

OS ESTRANGULADORES DO RIO.

O fato é verídico e chocou o país naquele ano. O crime gerou uma peça de teatro e o filme Os Estranguladores de Francisco Marzullo, dirigido por Antonio Leal no Rio de Janeiro. Com 40 minutos de duração. Esse filme trata do crime ocorrido em 1906. Vale lembrar que é o primeiro filme de ficção do país e é lamentável que muitos subsídios se hajam perdido com o tempo.

Cine Odeon o Antes e o depois

A foto a esquerda do Cine Odeon foi tirada em 1926 e a foto a direita é do mesmo cinema no ano de 2009. Postamos as fotos lado a lado para vermos a diferença entre épocas do local.
O Cine Odeon foi Inaugurado no dia 3 de Abril de 1926, no Centro do Rio de Janeiro conhecida como Cinelândia.
Nesse momento você deve estar se perguntando, porquê Cinelândia? Por que o Cine Odeon faz parte do projeto de modernização do Centro do Rio de Janeiro iniciado com a abertura da Av. Central junto com os cinemas Império, Glória, Capitólio e Pathé-Palácio. Nesse mesmo quarteirão ainda temos outros grandes centros de cultura renomados: o Museu de Belas Artes, a Biblioteca Nacional e o Teatro Municipal que deram origem a uma das áreas mais famosas da cidade durante décadas, como centro político e cultural do país - a Cinelândia.

sábado, 1 de agosto de 2009

Primeiras salas de cinema no Brasil

Primeira sala de cinema em São Paulo foi o "O Bijou Salão" Foi fundado por Francisco Serrador e Antônio Gadotti, inaugurado em 16/11/1907 na Rua São João no Centro.

Curiosidades:

sessão: Urso sábio - Noite de carnaval - Ladrão que rouba a ladrão - Ovos de páscoa


sessão: A chaminé está fumegando - Mágico mal recompensado Criada relaxada - Crisântemos - Vingança do ferreiro


Preço para cada sessão: Camarotes com direito a 4 entradas, 4$000 Cadeiras 1$000


Referências bibliográficas: Galvão, Maria Rita E. Crônicas do Cinema Paulistano. Ensaios n.15 - Editora Perspectiva.
Viany, Alex. Introdução ao Cinema brasileiro. Editora Revan, 1983

sábado, 6 de junho de 2009

2.1. Resumo: Cinema Mudo no Brasil

Não poderíamos começar a história do cinema mudo no Brasil sem citar uma breve passagem sobre a importância de um grande inventor Hercule Florence, desenhista e precursor da fotografia no Brasil. Florence começou realizando experiências com uma máquina chamada daguerreótiopia, uma das pioneiras que exportou para o Brasil, assim existiram as primeiras fotografias no País. A novidade se espalhou e como o normal da natureza humana é se desenvolver, outras inovações vieram a surgir.


A lanterna mágica surgiu primeiramente em São Paulo em 1889. Conhecida como A Maravilha do Século, trazida do exterior por Benjamin Schalch, que apresentava imagens com movimentos para seus conhecidos, como “o bigodinho dorminhoco e engolidor de camundongos” que eram gêneros humorísticos. Vieram outros tipos de aparelhos com nomes curiosos, e mais atualizados, porém, o propósito continuava o mesmo da Lanterna Mágica.

No dia 19 de Junho de 1898, nasce o Cinema Mudo Brasileiro, pois chegava ao Rio de Janeiro no navio Brésil, pelo porto da Bahia de Guanabara, Afonso Segreto e seu irmão Pascoal Segreto, trazendo equipamentos e filmes do exterior. Já em sua chegada fizeram imagens do porto.

Os irmãos, que trouxeram a Sétima Arte para o Brasil, começaram a expandir inicialmente seu negócio na própria cidade do Rio de Janeiro. Assim, os Segretos foram os primeiros a usufruir de equipamentos que captavam imagens em movimento no Brasil e ininterruptamente dispararam a fazer filmagens de acontecimentos importantes para a cidade Ex: Cerimônias, festas públicas, etc.


Um dos mais importantes filmes foi no dia 5 de Julho do mesmo ano. Tratava-se da visita do Presidente Prudente de Moraes que partia em viagem. Logo depois, eles ampliaram o negócio para outras cidades, como São Paulo. Em 13 de fevereiro de 1898, José Roberto de Cunha Sales (Médico e ex-sócio de Pascoal Segreto) realiza uma das primeiras exibições do cinematógrafo em São Paulo.


A primeira filmagem em terras paulistas, entretanto, foi feita por Afonso Segreto em 20 de setembro de 1899, em uma celebração da colônia de imigrantes italianos. Além deles, outros nomes merecem destaque na história do cinema brasileiro como: os irmãos Labanca e Francisco Serrador; Dentre os primeiros operadores profissionais: Júlio Ferrez, os irmãos Botelho e Paulo Benedetti.
foto retirada dos acervos da Cinemateca Brasileira
Referências Bibliográficas:
GOMES, Paulo Emílio Sales. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980.
Ramos, Fernão. História do Cinema brasileiro. 3ª edição; ArtEditora, 1987/1990.
ROCHA, Glauber. Revisão Crítica do Cinema Brasileiro. São Paulo, Cosac e Naify, 2003.

2. Resumo

Como Nasceu o Cinema Mudo?

Podemos considerar a fotografia um descobrimento histórico, um relato pertinente, com a descoberta dos princípios básicos da junção de imagens em movimento em película fotográfica.
Uma história um tanto duvidosa em saber de fato quem realmente inventou a maravilha das máquinas da época e quem inaugurou o primeiro filme mudo da história.

Diz-se que no século XVII houve demonstrações de um aparelho chamado Magia Catoptrica uma espécie de Lanterna Mágica, de apaixonados homens que abandonavam a carreira e seus afazeres para ganhar a vida com essas exibições, como à família de Terry Burton entre muitos outros.

Simon Ritter, em Viena, expôs um objeto com o nome de Estroboscópio. Um ano mais tarde, o inglês Willian George Harner construiu uma máquina chamada Roda do Diabo. Outro tipo de roda, chamada cinematoscópio, foi patenteada em 1861 por Coleman Sellers da Filadélfia. Todos esses discos rotatórios mostram uma sucessão de imagens em quadros separados Tantas máquinas sendo inventadas continuamente e não se sabe bem ao certo quem verdadeiramente começou tal processo, pois os mais conhecidos são Thomas Edson e os irmãos Lumière, sendo que apenas foram os últimos elos de uma extensa cadeia de pesquisadores.

Mas, inicialmente, essas máquinas foram baseadas no princípio fotográfico. Então daremos todo o crédito para o inventor da fotografia, o francês Joseph Nicephore Niépce, um burguês de berço, mais conhecido como Niépce, que após seus 40 anos de idade se dedicou a inventos técnicos.
Este francês, que amava a litografia (que é um desenho feito em um processo de gravura em plano, executada sobre uma pedra calcária), mas não tinha nenhuma aptidão para desenho, resolveu inventar um procedimento químico para obter uma imagem. Conclusão: a primeira fotografia da história com a câmera escura foi em 1826, chamada de “Point de Vue Du Gras”.
Mas a aventura não termina por aqui. Alguns anos depois, Niépce conhece Louis Jacques Mande Daguerre, também francês, pintor e inventor. Juntam-se para um melhor aperfeiçoamento do seu invento.

Com a morte de Niépce em 1831, Daguerre dá continuidade ao invento. Ele o aprimora com outros experimentos químicos e com esses aperfeiçoamentos deu o nome à invenção de daguerreóptico. Mas Daguerre tinha problemas financeiros e vendeu seu invento ao governo Francês.

Foi, contudo, Louis Jacques Mande Daguerre, quem veio, em 1839, sugerir a possibilidade da câmera realizar mais do que uma simples série de imagens separadas, possibilitando futuramente uma seqüência de fotos que daria o efeito de imagens em movimento. Anos depois, surgiram outros peritos que vieram a desenvolver mais esse estudo.

O fotógrafo Eadweard Muybridge teve a idéia de colocar 24 câmeras em seqüência para fazer uma experiência. Essas câmeras foram acionadas seguidamente por uma corrente elétrica que as faziam disparar quando um cavalo passava correndo na frente de cada um delas. A experiência foi realizada com sucesso. Sucessivamente ocorreram outras descobertas como película de celulóide, projetor, etc.

O cinetoscópio, um dos nomes dados à câmera ainda não projetava imagens em uma tela grande e não trabalhava com filmes longos, mas esses problemas com o tempo foram resolvidos em 1895 por Woodville Lathan, o inventor do projetor.

Logo após a invenção, surgiram os grandes pesquisadores como os irmãos Lumière que começavam a exibir filmes em um porão do Boulevard des Capucines. Consecutivamente, outros surgiram.
Referências Bibliográficas:
Araújo, Vicente de Paula. A Bela época do Cinema brasileiro. Editora Perspectiva, 1985.
BERNARDET, Jean-Claude. Historiografia clássica do cinema brasileiro. São Paulo: Annablume, 1995.
Souza, Jose Inácio de Melo. Imagens do Passado – São Paulo e Rio de Janeiro nos primórdios do Cinema. SENAC, 2004