sábado, 6 de junho de 2009

2.1. Resumo: Cinema Mudo no Brasil

Não poderíamos começar a história do cinema mudo no Brasil sem citar uma breve passagem sobre a importância de um grande inventor Hercule Florence, desenhista e precursor da fotografia no Brasil. Florence começou realizando experiências com uma máquina chamada daguerreótiopia, uma das pioneiras que exportou para o Brasil, assim existiram as primeiras fotografias no País. A novidade se espalhou e como o normal da natureza humana é se desenvolver, outras inovações vieram a surgir.


A lanterna mágica surgiu primeiramente em São Paulo em 1889. Conhecida como A Maravilha do Século, trazida do exterior por Benjamin Schalch, que apresentava imagens com movimentos para seus conhecidos, como “o bigodinho dorminhoco e engolidor de camundongos” que eram gêneros humorísticos. Vieram outros tipos de aparelhos com nomes curiosos, e mais atualizados, porém, o propósito continuava o mesmo da Lanterna Mágica.

No dia 19 de Junho de 1898, nasce o Cinema Mudo Brasileiro, pois chegava ao Rio de Janeiro no navio Brésil, pelo porto da Bahia de Guanabara, Afonso Segreto e seu irmão Pascoal Segreto, trazendo equipamentos e filmes do exterior. Já em sua chegada fizeram imagens do porto.

Os irmãos, que trouxeram a Sétima Arte para o Brasil, começaram a expandir inicialmente seu negócio na própria cidade do Rio de Janeiro. Assim, os Segretos foram os primeiros a usufruir de equipamentos que captavam imagens em movimento no Brasil e ininterruptamente dispararam a fazer filmagens de acontecimentos importantes para a cidade Ex: Cerimônias, festas públicas, etc.


Um dos mais importantes filmes foi no dia 5 de Julho do mesmo ano. Tratava-se da visita do Presidente Prudente de Moraes que partia em viagem. Logo depois, eles ampliaram o negócio para outras cidades, como São Paulo. Em 13 de fevereiro de 1898, José Roberto de Cunha Sales (Médico e ex-sócio de Pascoal Segreto) realiza uma das primeiras exibições do cinematógrafo em São Paulo.


A primeira filmagem em terras paulistas, entretanto, foi feita por Afonso Segreto em 20 de setembro de 1899, em uma celebração da colônia de imigrantes italianos. Além deles, outros nomes merecem destaque na história do cinema brasileiro como: os irmãos Labanca e Francisco Serrador; Dentre os primeiros operadores profissionais: Júlio Ferrez, os irmãos Botelho e Paulo Benedetti.
foto retirada dos acervos da Cinemateca Brasileira
Referências Bibliográficas:
GOMES, Paulo Emílio Sales. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980.
Ramos, Fernão. História do Cinema brasileiro. 3ª edição; ArtEditora, 1987/1990.
ROCHA, Glauber. Revisão Crítica do Cinema Brasileiro. São Paulo, Cosac e Naify, 2003.

2. Resumo

Como Nasceu o Cinema Mudo?

Podemos considerar a fotografia um descobrimento histórico, um relato pertinente, com a descoberta dos princípios básicos da junção de imagens em movimento em película fotográfica.
Uma história um tanto duvidosa em saber de fato quem realmente inventou a maravilha das máquinas da época e quem inaugurou o primeiro filme mudo da história.

Diz-se que no século XVII houve demonstrações de um aparelho chamado Magia Catoptrica uma espécie de Lanterna Mágica, de apaixonados homens que abandonavam a carreira e seus afazeres para ganhar a vida com essas exibições, como à família de Terry Burton entre muitos outros.

Simon Ritter, em Viena, expôs um objeto com o nome de Estroboscópio. Um ano mais tarde, o inglês Willian George Harner construiu uma máquina chamada Roda do Diabo. Outro tipo de roda, chamada cinematoscópio, foi patenteada em 1861 por Coleman Sellers da Filadélfia. Todos esses discos rotatórios mostram uma sucessão de imagens em quadros separados Tantas máquinas sendo inventadas continuamente e não se sabe bem ao certo quem verdadeiramente começou tal processo, pois os mais conhecidos são Thomas Edson e os irmãos Lumière, sendo que apenas foram os últimos elos de uma extensa cadeia de pesquisadores.

Mas, inicialmente, essas máquinas foram baseadas no princípio fotográfico. Então daremos todo o crédito para o inventor da fotografia, o francês Joseph Nicephore Niépce, um burguês de berço, mais conhecido como Niépce, que após seus 40 anos de idade se dedicou a inventos técnicos.
Este francês, que amava a litografia (que é um desenho feito em um processo de gravura em plano, executada sobre uma pedra calcária), mas não tinha nenhuma aptidão para desenho, resolveu inventar um procedimento químico para obter uma imagem. Conclusão: a primeira fotografia da história com a câmera escura foi em 1826, chamada de “Point de Vue Du Gras”.
Mas a aventura não termina por aqui. Alguns anos depois, Niépce conhece Louis Jacques Mande Daguerre, também francês, pintor e inventor. Juntam-se para um melhor aperfeiçoamento do seu invento.

Com a morte de Niépce em 1831, Daguerre dá continuidade ao invento. Ele o aprimora com outros experimentos químicos e com esses aperfeiçoamentos deu o nome à invenção de daguerreóptico. Mas Daguerre tinha problemas financeiros e vendeu seu invento ao governo Francês.

Foi, contudo, Louis Jacques Mande Daguerre, quem veio, em 1839, sugerir a possibilidade da câmera realizar mais do que uma simples série de imagens separadas, possibilitando futuramente uma seqüência de fotos que daria o efeito de imagens em movimento. Anos depois, surgiram outros peritos que vieram a desenvolver mais esse estudo.

O fotógrafo Eadweard Muybridge teve a idéia de colocar 24 câmeras em seqüência para fazer uma experiência. Essas câmeras foram acionadas seguidamente por uma corrente elétrica que as faziam disparar quando um cavalo passava correndo na frente de cada um delas. A experiência foi realizada com sucesso. Sucessivamente ocorreram outras descobertas como película de celulóide, projetor, etc.

O cinetoscópio, um dos nomes dados à câmera ainda não projetava imagens em uma tela grande e não trabalhava com filmes longos, mas esses problemas com o tempo foram resolvidos em 1895 por Woodville Lathan, o inventor do projetor.

Logo após a invenção, surgiram os grandes pesquisadores como os irmãos Lumière que começavam a exibir filmes em um porão do Boulevard des Capucines. Consecutivamente, outros surgiram.
Referências Bibliográficas:
Araújo, Vicente de Paula. A Bela época do Cinema brasileiro. Editora Perspectiva, 1985.
BERNARDET, Jean-Claude. Historiografia clássica do cinema brasileiro. São Paulo: Annablume, 1995.
Souza, Jose Inácio de Melo. Imagens do Passado – São Paulo e Rio de Janeiro nos primórdios do Cinema. SENAC, 2004