quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Paulo Emílio Salles Gomes e sua importância no cinema brasileiro



Quem deu início as pesquisas, um novo estilo de crítica cinematográfica dos primórdios do cinema brasileiro foi, Paulo Emílio Salles Gomes, pois antes dele só existiam pequenas crônicas do assunto. Portanto podemos afirmar que ele foi o fundador dos estudos cinematográficos no Brasil.

Um pesquisador que procura encontrar na história do cinema brasileiro uma experiência única e histórica, escrever as críticas de forma coerente, com uma profunda compreensão do significado cultural do cinema.

Paulo Emilio Salles Gomes era capaz de reconhecer um trabalho importante, e ajudar os espectadores comum a compreender e valorizar a sua importância com suas críticas, tinha uma visão abrangente dos mais diversos genêros da cinematografia.
Um homem muito taxado pelos críticos como nacionalista, por ter um raciocínio muito positivo a respeito do cinema brasileiro, "subestimando" a importância de festivais internacionais de cinema, pois se importava mais com o público e o mercado brasileiro da filmografia nacional.
Ele não foi apenas um crítico, também foi um colega dos diretores mais importantes, um militante que entendeu a crítica de cinema como uma missão.
Ele entendeu que a cinematografia brasileira não foi um fenômeno isolado na sociedade. A formação de um cinema verdadeiramente nacional era parte de um amplo processo de formação de uma nova identidade brasileira.

foto retirada do site: http://www.pernambuco.com
Referências Bibliográficas:
GOMES, Paulo Emílio Sales. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980.

2 comentários:

  1. Repreendido pela ditadura de Vargas Paulo Emílio além de grande crítico, um grande historiador. Merece ser lembrado, ótimo texto!

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  2. Paulo Emílio atuou na crítica cinematográfica, na fundação da Cinemateca Brasileira e nas Universidades de Brasilia e São Paulo. Cabe lembar que foi praticamente o mentor intelectual do Cinema Novo. No entanto, ao falar de Paulo Emílio é preciso tomar cuidado com uma certa visão unitária de seu significado para os estudos de cinema brasileiro. Nos contextos de 1960 e 1970 ele foi um figura central, enquanto orientador, de pesquisas históricas sobre cinema brasileiro. Nesse sentido, essa história que conhecemos hoje do cinema brasileiro é praticamente tributária da concepção de cinema brasileiro de Paulo Emílio. Visto isso, é preciso notar que essa amizade entre ele e os cinemanovistas (que vc diz os mais importantes) deve ser colocada na mesa, até mesmo para notar a valorização estético-política do Cinema Novo na história do cinema brasileiro. Ele foi considerado amigo pelos cinemanovistas, justamente por aderir as perspectivas estético-políticas daqueles cineastas. Logo, críticos como Moniz Viana ou Rúbem Biáfora, que são excelentes também, mas não orientaram pesquisa na universidade, bem como não aderiram plenamente as teses cinemanovistas são excluidos da história do cinema brasileiro.
    É preciso ponderar para não cair na simplificação.
    Outra questão é sobre o nacionalismo Paulemiliano. Ele jamais subestimou os festivais internacionais, do contrário estaria indo contra as perspectivas estéticas cinemanovistas, uma vez que a principal fonte de divulgação do Cinema Novo foram os festivais internacionais. Sem contar que o cinema novo aderiu as concepções estéticas do neorealismo italiano e da nouvelle vague francesa. Ademais, Paulo Emílio passou boa parte da vida na França, período no qual bebeu na fonte dos maiores clássicos do cinema mundial. Em síntese, seu nacionalismo foi tático, assim como foram táticas aquilo que nós é passado pela bibliografia canonica sobre cinema brasileiro.
    É preciso ponderar... gostei de seu texto, porém, ele traz somente uma visão muito simplificada do que foi Paulo Emílio Salles Gomes, bem como do que envolveu toda a sua atuação sobre cinema brasileiro.

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